Docentes do curso de nutrição, da Faculdade de Ciências da Saúde, da Universidade Lúrio (UniLúrio), estiveram recentemente, de 26 de Fevereiro a 2 de Março, envolvidos num curso sobre métodos de avaliação alimentar com a duração de uma semana.

O curso pretendia actualizar e dotar os docentes de técnicas para a melhoria de matérias ligadas ao consumo alimentar, tendo como base os estudos virados para as comunidades.

Fazendo uma resenha sobre a essência do curso, Carla Lopes, docente da Faculdade de Medicina, na Universidade do Porto, disse que a formação serviu especificamente para promover debates sobre métodos de avaliação do consumo alimentar, criando, desta forma, bases para a actualização dos conhecimentos dos docentes, tendo como base a perspectiva europeia aplicada no contexto moçambicano.

Percebendo as dificuldades enfrentadas pelos docentes no que concerne a matérias relacionadas à estatística, embora reconhecendo que algumas delas têm a ver com a falta de literacia por parte da população, Carla Lopes explica a importância dos indicadores de saúde na planificação.

Convicta de ter aprendido alguns métodos usados em Moçambique, Lopes explicou que “pretendíamos trazer com o curso a ideia de que o que pensamos que está longe, pode estar perto, ou seja, é preciso ser proactivos para conseguir atingir as metas”.

Enquanto isso, Sara Rodrigues, docente da Faculdade de Nutrição, da Universidade do Porto, explicou que “se podermos chegar a comunidade, elaborar um programa e preparar melhor a monitorização, poderemos ter melhores resultados”, baseando-se no facto de que a formação ajuda na melhor compreensão das necessidades das comunidades.

Sara Rodrigues aconselha aos docentes a aproveitar melhor tudo o que sabem sobre a comunidade, as metodologias e matérias fundamentais, para a avaliação das mesmas em termos nutricionais.

Na voz de docentes participantes do curso, Rámula Issa, docente de Tecnologia Alimentar no Curso de Nutrição, da Faculdade de Ciências de Saúde, da UniLúrio, diz que o curso foi centrado na actualização do conhecimento existente, pois, “sabendo que a ciência não é estática, é importante que tenhamos formações para a actualização dos conhecimentos.”

Rámula Issa diz que o curso foi uma oportunidade para trocar e aprender novas técnicas dos países desenvolvidos, como é o caso de Portugal. Alias, ela lembra que a formação estava muito ligada a parte científica, e o foco foi o de aprender métodos e critérios para produzir ferramentas a serem usadas na comunidade, e que para tal, “precisamos transformar o conhecimento para que seja consumido pela comunidade”.

Importa referir que além de actualizar os conhecimentos dos docentes sobre a avaliação alimentar, o curso é certamente uma mais-valia no que tange o melhoramento do processo de ensino na UniLúrio, pois permitirá uma melhor interacção docente -estudante, tendo como base os métodos mais actualizados.

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