Presidente da República inaugura CEDIM na Ilha de Moçambique
Inaugurado na Ilha de Moçambique, no passado domingo, 16 de Setembro, pelo Presidente da República Filipe Nyusi, a propósito das celebrações do bicentenário da Ilha, o empreendimento tem como foco, discutir ideias, criar estratégias para a conservação do património, redescobrir e divulgar o reportório arquitectónico e imaterial da primeira capital de Moçambique.
Na ocasião, Filipe Nyusi valorizou os feitos da Universidade Lúrio (UniLúrio) que, através de diversos programas e suas faculdades, tem impulsionado mudanças no seio da academia e no desenvolvimento do país, tendo a aposta numa educação de qualidade como fonte para moldar o individuo para que possa fazer face as diversas dificuldades enfrentadas pelo país.
O Director do Centro de Estudos e Documentação da Ilha de Moçambique (CEDIM) uma componente da Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico (FAFP) Milton Novela, entende que o seu organismo poderá impulsionar nas investigações antropológicas dentro e fora do país.
Segundo explicou Novela, porque a história da Ilha de Moçambique confunde-se com a história de algumas regiões do Oceano Indico, como são os casos da Ilha de Ibo, em Cabo Delgado, Mossuril, Nampula, Inhambane, as Ilhas Seychelles, Madagáscar, Comores, entre outras é sua pretensão continuar a pesquisar conteúdos para enriquecer o acervo.
Milton Novela explicou ainda que, a institucionalização do CEDIM é o resultar por outro lado, de uma pesquisa realizada por docentes da FAFP na Ilha de Moçambique em 2016, e que culminou com a produção do livro, Oficinas Muhipiti.
"Vamos e queremos trabalhar com a Comunidade da Ilha de Moçambique, numa perspectiva desta mesma população sentir-se envolvida no trabalho. Tencionamos abrir uma base de dados virtual, o que possibilitara que, a informação colhida na Ilha de Moçambique, possa ser acedida em qualquer canto do mundo" – explicou.
Questionado se não haverá alguma interferência com os trabalhos de pesquisa que eventualmente a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UniLúrio, que esta a funcionar naquele ponto de Nampula, possa realizar, a fonte assegurou que cada instituição está ciente da sua tarefa.
"Não estamos a invadir o espaço alheio, porque a FAFP está ligada com a restauração de edifícios locais, documentação e em algum momento pesquisa" – contextualizou.
Refira-se que, as pesquisas e a documentação da Ilha de Moçambique poderão ser auxiliadas por docentes da FAFP e parceiros e ainda, estudantes da instituição que deslocarão a ínsula para trabalhos de campo, aliás, é mesmo na Ilha de Moçambique, que para 2019, prevê-se que entre em exercício, o primeiro curso de Mestrado em Património e Desenvolvimento, o que ajudara nas actividades do CEDIM.