Inserido no programa “Um Estudante, Uma Família”, o Magnifico Reitor, da Universidade Lúrio (UniLúrio), Francisco Noa, participou, no passado dia 21 de Março, em actividades na comunidade de Muatala, nas quais os estudantes (ensino focado no estudante) são os “responsáveis” em manter um contacto, passando ensinamentos e/ou trocando impressões com as comunidades.

Discursando em volta das visitas, o Magnífico Reitor começou mencionando o facto de a UniLúrio ser uma universidade que se tem destacado cada vez mais dentro e fora do país, “por causa da qualidade que nós colocamos naquilo que fazemos”. Tal comentário surge para valorizar o trabalho incansável que tem sido feito pelos estudantes, depois de os recomendar para que transformassem obstáculos em degraus que os levassem a um futuro mais frutífero.

Francisco Noa, satisfeito pela receptividade das comunidades, por causa dos trabalhos feitos pelos estudantes, encorajou para que (os estudantes) continuassem a fazer o trabalho, justificando aquela como uma oportunidade para ter um contacto directo com os chefes das localidades, produzindo um conhecimento mais virado para as realidades moçambicanas, com mais enfoque para os contextos rurais.

“Vocês estão a fazer um trabalho absolutamente valioso. Os problemas, os obstáculos são desafios. Um dia vão perceber que valeu a pena” – Disse acrescentando que “vocês vão ser colocados nas localidades e em situações muito difíceis, então vocês já estarão treinados para lidar com essas dificuldades”, conclui, explicando que aquela (visita à comunidade) foi para ele uma experiência gratificante, pois dela pôde ver o trabalho feito pelos docentes e estudantes, assim como ver de perto as diversas realidades vividas pelas comunidades.

A Chefe do departamento de Saúde da Comunidade, Teresa Munguambe, durante a entrevista, nos falou sobre a disciplina “Saúde da Comunidade” que é leccionada desde o primeiro ano até ao último ano do curso, sendo que ao longo da formação se tem abordado vários temas durante as aulas teóricas, que são posteriormente transmitidos às comunidades, com o objectivo de mostrar os melhores cuidados de saúde e também pôr o estudante (o futuro profissional) a conhecer a real realidade vivida pelas famílias.

Falando à margem daquelas visitas, viradas para a saúde bocal, Teresa Munguambe destacou a importância de levar os estudantes para trabalhos do género porque “a maioria dos estudantes vem das grandes cidades e não têm a noção de como as populações vivem no Campo”, daí a pertinência do contacto com a realidade com a qual vão trabalhar no futuro.

Por outro lado, Américo Aniceto, estudante do curso de Optometria, questionado sobre o objectivo que lhes levava à comunidade, disse que foi de informar as famílias sobre os temas apresentados teoricamente, na sala de aulas, e usando-se da prática para impulsionar mudanças visíveis no seio das comunidades rurais.

“Hoje vamos falar das doenças peridentárias, tema proposto (defendido) pelo curso de Medicina Dentaria e vamos saber da comunidade qual é noção que tem acerca da doença” - explica.

Para o sucesso do seu trabalho, os estudantes se basearam em um questionário, para colher dados importantes que sirvam para propor soluções face aos problemas enfrentados pelas comunidades.

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