Palestrantes discutem sustentabilidade
Durante a Conferência Internacional sobre Biodiversidade, Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável, realizada nos dias 22 e 23 de Outubro do ano em curso, em Pemba, diversas foram as exposições feitas, com o intuito de procurar soluções sobre os diversos problemas que são enfrentados na área ambiental.
Brian Mantlana, da Universidade de Stellenbosch, defendeu, na ocasião, a importância da participação de países em desenvolvimento na adopção de políticas ambientais que facilitem o alcance dos Objectivos do Milénio, conjugados com os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável, e apelou as sociedades à mudança de atitude como caminho que possibilite a redução das doenças causadas pelo ambiente, resultantes das atitudes do Homem.
A perspectiva de Mantlana consolida-se, de certa forma, no pensamento de Heraclito Rodrigues Comia, da Ehime University, que olha para o aquecimento global como factor resultante da atitude humana, mas que pode ser revertido quando as sociedades abrirem a mente, adoptando medidas ecologicamente agradáveis.
Para Henrique Massango, pesquisador do Centro Terra Viva (CTV), que se debruçou em volta das Mudanças climáticas nas regiões de Chókwé e Matutuine, é imperioso que as políticas ambientais não sejam meros adornos na mentalidade das sociedades. Para ele, é necessário que se assumam os problemas ambientais de forma que soluções viáveis sejam implementadas.
Dois pesquisadores da Universidade de Aveiro também apresentaram seus temas durante a conferência. Trata-se de Carlos Fonseca, do Departamento de Biologia, que falou sobre “Os desafios da caça em prol da biodiversidade e da conservação da natureza”, como meio de atiçar um debate mais profundo sobre implementação e/ou criação de políticas para limar os inúmeros problemas que ainda são notáveis, e de Isabel da Silva que considera que há, inevitavelmente, impactos ecológicos e sociais resultantes das actividades pesqueiras. Este pensamento é fundamentado numa pesquisa feita no norte de Moçambique, sendo elemento desafiador que obriga a repensar na forma como é feita a gestão e o controlo das actividades nos mares moçambicanos.