A UniLúrio Business School (UBS), da Universidade Lúrio (UniLúrio), organizou recentemente um debate voltado para área bancária, tendo convidado Pedro Carvalho, Director da Banca de Retalhos e negócios, no Barclays, para falar aos estudantes e a comunidade académica, sobre “Qualidades e desafios de um gestor bancário e de seguros”.

Convidado a dar as boas vindas ao palestrante, o Magnífico Reitor, Francisco Noa, parabenizou a UBS pela iniciativa, por considerar encontros do género um grande marco rumo ao alcance de um ensino cada vez mais excelente, permitindo que os estudantes tenham contacto directo com os diversos assuntos debatidos no mercado de trabalho e/ou de negócios.

Ciente que quando “a concorrência é forte fica difícil fazer negócios”, Pedro Carvalho começou a palestra mostrando caminhos estratégicos para construir uma melhor relação com os clientes, pois segundo ele é disso que depende os bons resultados que um gestor bancário pode procurar.

Para o orador, exemplificando o caso do Barclays, o que faz com que “um cliente quando entra no Barclays e se sinta à vontade [em relação aos outros bancos] é porque sorrimos para os clientes” – isso faz com que as pessoas entrem no Barclays ao invés de outros, porque se sentem acolhidas, encontram no banco pessoas com quem podem partilhar e encontrar soluções para os seus problemas.

Para Carvalho, é imperioso investir na relação e proximidade com os clientes, porque “às vezes é necessário apenas conversar com eles. Por mais que os dias sejam reservados para fazer negócios, é importante, às vezes, garantir e conquistar confiança dos clientes, mantendo conversas “informais” – isso cria fidelização.

“Se vocês focarem a vossa actividade na questão técnica, vocês vão perder muitas oportunidades. Se vocês focarem na questão das relações, vocês vão ter muito sucesso” – Explica.

Olhando para a questão da bancarização rural, aquele palestrante analisa a situação crítica que o país ainda enfrenta, pelo facto de ainda haver necessidade de maior expansão dos serviços bancários ao nível das comunidades rurais.

“É um factor crítico para o desenvolvimento de Moçambique (a falta de bancos nas zonas rurais). É preciso garantir que os serviços bancários estejam mais perto da população, porque é difícil um distrito desenvolver sem ter um banco para permitir gestão dos seus fundos” – rematou.

Falando sobre o evento, o Director da UBS, Fidel Bilika mostrou-se satisfeito por acreditar que marcos do género servem, inquestionavelmente, para solidificar as perspectivas da faculdade que gere, que estão estritamente ligadas com à necessidade de mais projecção, ligação com o sector empresarial e acima de tudo a troca de conhecimento, que servirá para dar mais bases aos estudantes, em particular.

Bilika foi mais fundo e mostrou-se enaltecido com a palestra, porque segundo ele é dela que algumas portas poderão se abrir, permitindo que a UBS tenha mais contactos com os diversos agentes de negócios – potenciais “alicerces”, para dinamizar aquela faculdade e alavancar a ideia de um ensino cada vez mais ligado com o marcado do trabalho.

Na voz dos estudantes, José Francisco Ussene, mestrando em Gestão bancária e de seguros, na UBS, encontros do género são uma mais-valia, pois permitem uma análise do que estudado, com o que realmente acontece na prática. Tal posicionamento é solidificado por Alice Martins Ernesto, estudante do mesmo curso, que considere valioso e um momento ímpar poder ouvir, na voz de quem lida (na prática) com o assunto, as diversas formas que um gestor bancário deve adoptar para ter sucesso nas suas actividades.

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