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Estudantes da FCSH preocupados com a limpeza das praias

 

O Núcleo dos Estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Lúrio, iniciou neste sábado, dia 01 de Junho, a segunda fase do Projecto Ephareya Yowarya, frase emacua que significa praias brilhantes, em português. O projecto tem por objectivo mudar o visual das praias da Ilha de Moçambique, isto é, manter as praias da Ilha de Moçambique limpas e louváveis, especialmente as praias da cidade de Macuti, que são mal conservadas.

Para Ganito Bantaleão, presidente do Núcleo de Estudantes da FCSH, a implementação

do projecto Epharaya Yowarya é um contributo dos estudantes para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes da Ilha de Moçambique, visto que a Ilha de Moçambique é um lugar incomparável, é uma cidade turística e com estatuto de Património Mundial da Humanidade e que um dos desafios do milénio consiste na conservação do meio ambiente e na protecção do ecossistema.

Questionado pela TVM sobre possíveis apoios ao projecto, Ganito respondeu nos seguintes termos: “reconhecemos que é um projecto bastante ambicioso, mas o que nos falta é apoio, neste momento temos apenas 18 ancinhos, dentre os quais 13 são do GACIM e apenas 5 é que nos pertencem. Portanto, fomos oferecidos pela instância hoteleira Café Central. Não temos luvas, nem máscaras e removemos muitas garrafas partidas e há um mau cheiro nestas praias. Precisamos de mais apoio logístico, principalmente em materiais de limpeza. E também precisamos de apoio de material desportivo, por que a nossa ideia é depois das limpezas feitas no período de manhã, promover as actividades desportivas no período da tarde. Acreditamos que assim estaríamos a despertar um bom uso destas praias, por que verificamos que parece que as pessoas têm na mente que estas praias não são úteis”. 

De acordo com Madjer Mohawa, um dos estudantes da FCSH entrevistado pela TVM, trata-se de um projecto do Núcleo de Estudantes da FCSH, denominado epharaya yowara, que em português significa praias brilhantes.

Segundo ele o projecto tem múltiplas facetas, pois se destina a consumar vários objectivos em uma única envergadura, porém ele destaca três facetas, a primeira tem a ver com a promoção do saneamento e saúde publica na Ilha de Moçambique, desencorajando a todo tipo de acção que vá contra a preservação do meio ambiente, mormente o fecalismo a céu aberto, uma patologia social que remota desde os tempos passados naquele local, o segunda faceta que ele concebe tem a ver com a promoção do produto sol e mar no que diz respeito a industria do turismo, pois, uma vez que a Ilha de Moçambique é cartão de visita para turistas nacionais e internacionais, na sua opinião seria um trunfo para o turismo que a qualidade das praias fosse das mais elevadas possível, de modo a suscitar cada vez mais interesse nas pessoas de revisitar a Ilha, ou até mesmo conhecer, e a ultima faceta que ele concebe tem a ver o aumento do valor patrimonial (valor universal excepcional) que a ilha tem, pois na sua óptica as campanhas de limpeza de praias é uma forma de interpretar o património cultural da humanidade facultando desta feita a apropriação do local a todos que se virem ávidos a o fazer, e desta feita reduzir-se-iam em grande medida as chances da Ilha de Moçambique entrar para a lista vermelha.

Ademais, apelou a todos os entes da comunidade local a aderirem ao projecto, podendo o fazer de diferentes formas, apoiando com qualquer tipo de material indispensável a prática da actividade ou verba para aquisição dos mesmos. Mais do que isso apelou o envolvimento da comunidade e entidades como o município nessas actividades, incluindo proprietários de instancias hoteleiras, pescadores e outros moradores da ilha de Moçambique, pois na sua opinião quanto maior for o envolvimento da população local nas actividades maiores são as chances de se garantir uma sustentabilidade do projecto, e por conseguinte partir-se-á do pressuposto de que todos terão assumido que o projecto é benéfico para todos, e daí viria a concepção individual de cada um de que, deve se tornar vigilante, por uma Ilha mais rica em beleza paisagística, livre de doenças advindas do meio ambiente e acima de tudo livre do fecalismo a céu aberto.

 

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