A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH), da Universidade Lúrio (UniLúrio), na Ilha de Moçambique, em coordenação com o sector de saúde, está a levar a campo uma campanha para sensibilização comunitária sobre as medidas de prevenção do novo coronavírus. 

Com objectivo de evitar uma possível contaminação comunitária, tendo em atenção o modo de vida da população Local, o que pode criar situações bastante difíceis para a saúde pública, a campanha envolve um total de vinte estudantes voluntários que para efeito beneficiaram-se de uma formação de harmonização de mensagens a divulgar ao nível das comunidades. 

A formação foi realizada em fases, em observância às medidas de distanciamento social e foi ministrada pelo substituto do Médico Chefe do Distrito da Ilha de Moçambique, Quei Joaquim Ramia. Para aquele responsável, a iniciativa da FCSH, de levar à cabo uma campanha de sensibilização comunitária sobre as medidas de prevenção do Covid-19, é de louvar, visto que há fragilidades ao nível da População que precisa ainda de subsídios em termos de informação. 

“Saudamos o gesto da UniLúrio em desenvolver esta iniciativa, sobretudo pelo facto de antes de se fazer ao terreno, de nos convidar para a harmonização dos conhecimentos em volta do novo coronavírus” disse Quei Ramia, para quem a actividade chega em boa hora, numa altura em que o país continua a registar casos da doença. 

O Director da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Wilson Profirio Nicaquela, disse que o gesto visa fazer valer o decreto presidencial que culminou com a declaração de Estado de emergência, pelo facto de ainda se notar uma certa renitência da população local em cumprir as medidas.

“Repare que, por exemplo, há pessoas que chegam numa instituição, encontram água e sabão para lavar as mãos antes de entrar e na saída, simplesmente pegam na água e lavam a cara”, disse Nicaquela, para quem torna-se necessário um esforço adicional de informar às comunidades sobre as medidas de prevenção. 

Segundo ele, um dos objectivos é de explicar às comunidades sobre os motivos que levaram a declaração de Estado de emergências, bem como, explicar aos pais e encarregados de educação dos alunos que “os seus filhos não estão de férias, isto porque continuam a se fazer nas ruas com bastante preocupação”.

Paralelamente a estas actividades, a FCSH encomendou o fabrico de um total de trezentas máscaras para distribuir às famílias carenciadas ao nível do distrito, como parte responsabilidade social.

A FCSH ministra actualmente dois cursos, designadamente, Turismo e Hotelaria e Desenvolvimento Local e Relações Internacionais.

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