A Faculdade de Ciências Naturais encerrou na passada quarta-feira (16) o projecto de monitoria de lixo marinho que vinha sendo implementado nos últimos três anos pela Universidade Lúrio na Ilha de Vamizi e praia de Maringanha na província de Cabo-Delgado e na praia de Fernão Veloso na província de Nampula.

Fizeram parte desta pesquisa de monitoria de lixo marinho sete países da região do Oceano Índico, nomeadamente: Madagáscar, Tanzânia, Quénia, Moçambique, Seychelles, Maurícias e África de Sul e tinha como objectivo principal, analisar a distribuição, quantidade e composição dos resíduos sólidos que ocorrem nas Praias, identificar as principais fontes de proveniência dos resíduos sólidos para compreender quais são as vias de transporte que os resíduos seguem das fontes para o ambiente costeiro e marinho, bem como monitorar as mudanças temporais do acúmulo de resíduos sólidos ao longo do ano.

A cerimónia de enceramento, que culminou com a apresentação dos principais resultados da pesquisa de monitoria do lixo marinho encontrados na Praia de Fernão Veloso, aconteceu no Kwalala Lodge (uma estância turística local) em Nacala-Porto, província de Nampula. Na ocasião, a Coordenadora do Projecto, a Investigadora Gélica Eugénio Inteca referiu que a pesquisa tinha como principal propósito de contribuir para a sensibilização do público sobre a gestão de resíduos sólidos e melhorar a compreensão sobre as fontes, tipos, riscos e impactos associados ao lixo marinho em Moçambique. Segundo ela, ao nível das praias foram encontrados diversos resíduos sólidos desde macro lixo até micro lixo com destaque ao plástico. 

O Director da FCN, o Mestre João Paulo Macuio referiu que a pesquisa de monitoria do lixo marinho se enquadra nas actividades de pesquisa e possibilitou aumentar o nível de consciencialização nas pessoas sobre a gestão dos Resíduos Sólidos. Na ocasião o director desafiou aos participantes no sentido de levarem a sério a problemática de gestão dos Resíduos Sólidos, com particular relevo ao Lixo Marinho devido aos efeitos nefastos que pode causar à saúde dos humanos por conta do plástico que é consumido acidentalmente pela fauna marinha, e por consequência, acaba entrando no organismo humano resultado da ingestão destes mariscos.

De salientar que o projecto de monitoria de lixo marinho contou com o financiamento da Western Indian Science Association (WIOMSA) e teve a colaboração do Conselhos Municipais das de Cidades de Nacala e Pemba, Instituto de Investigação Pesqueira (Delegação de Maputo) e estâncias turísticas, nomeadamente: Kwalala Lodge e Vamizi Lodge.

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