Slide item 1
Notícias

Presença de Luís de Camões debatida na Ilha de Moçambique

O Magno Chanceler da Universidade Politécnica, Professor Lourenço do Rosário, orientou, nesta quarta-feira, 18 de Setembro, um dia depois de celebrados os 201 anos da Ilha de Moçambique, uma palestra sobre a "Presença de Luís de Camões na Ilha de Moçambique".

Organizada pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH), da Universidade Lúrio (UniLúrio), o tema justificou-se pela necessidade de perceber o trajecto histórico, cultural e/ou literário [em grande parte] do autor de "Os Lusíadas", quando, nas suas andanças, fez uma "paragem" na Ilha, tendo lá ficado por um período de dois anos.

  

Chamado a fazer um breve olhar sobre o evento, o Magnífico Reitor da UniLúrio, Professor Francisco Noa, começou descrevendo a importância daquele tema para o contexto actual, considerando ainda estratégico ter aquele Professor de Literatura Africana esmiuçando, com uma perspectiva mais actual, os factos relacionados à vida de Camões, assim como as suas influências.

Falando sobre a incontornável figura, Francisco Noa disse que "Luís de Camões deixou de ser apenas dos portugueses. É, neste sentido, um património universal", tendo concluído que falar sobre Camões coincide com o facto de, a Ilha, ser um ponto estratégico de desenvolvimento cultural.

Indo concertamente à palestra, o Professor Lourenço do Rosário, Docente de Literatura africana na Universidade Politécnica,  começou explicando que é difícil falar de uma figura de múltiplas facetas - que é Luís de Camões.

  

Falar de Camões na Ilha de Moçambique significa ainda, segundo Professor Lourenço perceber que criar uma faculdade na Ilha traz uma nova vida àquele ponto do país, ao nível económico, seu desenvolvimento, assim como na passagem de testemunho aos amantes da ilha.

Olhando para as principais incidências da narrativa bibliográfica de Camões, Lourenço do Rosário disse que a Ilha de Moçambique  constitui uma referência fundamental para a veia poética da literatura moçambicana. Aliás, tal pensamento sustenta-se olhando para as influências que Camões deixou aos poetas da Mafalala, em particular, como é o caso do Poeta-mor José Craveirinha, entre outros.

  

Um dos pontos de cruciais, de maior enfoque, avançados pelo Professor tem a ver com a insuficiência ou incerteza, sobre a vida de Camões, derivada pela falta de documentação.

"A referência da Ilha de Moçambique, por Camões, marca relevância da Ilha e da Literatura moçambicana" - disse Do Rosário, enquanto fazia um olhar sobre aquele Camões turbulento, assim como àquela Ilha tida como mito dos poetas.

  

Baseado na ideia de que a Ilha é um ponto de arte (poesia, pintura, filosofia, etc), Do Rosário, não só destacou  a chegada de Camões na Ilha (em 1567), como consequência das rotas mercantilistas e/ou comerciais, como também fez um olhar sobre o período de 1567-1569, altura que supostamente Camões vivera na Ilha, onde conheceu a jovem Bárbara (escrava), com a qual partilhou vidas, momentos e histórias.

Mais do que se focar no resgate de Camões, em 1569, por Diogo de Couto, que pagara seu resgate e o leva para Portugal, o Professor Lourenço justificou a ideia de que Camões escrevera parte do seu livro (Os Lusíadas), na Ilha de Moçambique, o que se pode perceber em seus cantos, nos quais chegou a falar da Ilha dos amores - que Do rosário acredita ser uma descrição da paixão de Camões pela Ilha de Moçambique.

  

Assim como o Professor Noa destacava no seu discurso, Do Rosário olha para Luís de Camões como um património universal e de Moçambique, daí que é preciso que se criem mais espaços para debate e enaltecimento daquela incontornável figura.

Na ocasião, houve espaço para danças tipicamente africanas, que realçam o valor artístico-cultural da Ilha de Moçambique, em particular, e do país no geral.

 

Um pouco sobre Camões:

“Ó que famintos beijos na floresta,
E que mimoso choro que soava!
Que afagos tão suaves, que ira honesta,
Que em risinhos alegres se tornava!
O que mais passam na manhã, e na sesta,
Que Vénus com prazeres inflamava,
Melhor é experimentá-lo que julgá-lo,
Mas julgue-o quem não pode experimentá-lo.”

A Ilha dos Amores. Canto IX, estrofe 83

Contacte-nos

Campus de Marrere

  • Endereço: Bairro de Marrere, R. nr. 4250, Km 2,3 - Nampula
  • Telefone: +25826218250
  • Email: info@unilurio.ac.mz
wowcappadocia.com

Saiba como chegar

united luxury shop
Top
marsbahis marsbahis marsbahis marsbahis
pusulabetguncelgiris.com
casinometropol giriş casinomaxi giriş rexbet giriş jetbahis giriş discount casino giriş